quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Revolta em 3D

Você já deve ter percebido que a moda nos cinemas nos dias de hoje são os filmes 3D. Aqueles em que as cenas dão a leve impressão de que personagens e objetos saem da tela, trazendo um pouco mais de realismo ao telespectador. Virou moda mesmo. Mas somente lá fora, pois em Sergipe muitos desejam que ela chegue, mas por enquanto será só isso.

A tecnologia é antiga, porém não é mais a mesma. O que mudou de lá pra cá? Os filmes ficaram mais sofisticados visualmente, ganharam um pouco mais de tecnologia e se desfizeram dos óculos de papelão com lentes coloridas – uma azul e outra vermelha – que geralmente proporcionavam dores de cabeça ou, no mínimo, um leve enjoo.

Diante das melhorias citadas, você pode se questionar: qual o motivo da revolta? O simples fato de Aracaju ser tudo – capital da qualidade de vida, com a mais bela Orla, cidade limpa e organizada, que cresce significantemente no turismo –, mas que não tem sequer uma simples salinha de 3D. Os estados vizinhos já têm, os mais distantes também, mas em Sergipe, nada, nem sinal.

Nem sinal mesmo. Pois agora Aracaju tem apenas uma rede de cinema, o Cinemark, que só demonstra interesse, mas não coloca a mão na massa. Quem tiver curiosidade deve sair do Estado para poder compartilhar desta experiência. Ou então, se contentar folheando a revista de Larissa Riquelme - aquela torcedora que guardava o celular entre os seios. Isso mesmo. Até uma revista tem mais tecnologia do que os nossos cinemas. Até minha revolta já alcançou este patamar.

EXPERIÊNCIA
Um breve relato: recentemente tive a oportunidade de assistir a um filme em 3D. Paguei cerca de R$ 17, já que filmes com esta tecnologia custam mais, e pude constatar que a experiência é única, mas que o fato de ser em 3D não torna o filme excepcional nem magnífico. Constatei também que após certo tempo o óculos pode até se tornar um inconveniente para quem não está acostumado. Mas não é isso que importa. O que é relevante é o fato de estarmos parados no tempo, sem avanço e não termos a opção de escolher o que queremos assistir – seja com ou sem inconvenientes. Sabe-se lá quando os empresários perceberão isso.

sábado, 11 de setembro de 2010

Ter a vida 'mansa' é crime



Estava navegando pela net, quando me deparei com uma notícia interessante e que muitas mães vão amar – e até se pregar nela. Descobri que a vadiagem – ou vagabundagem, no popular – é crime! Então caso você não tenha nascido em berço de ouro, não conte com familiares que te paparicam, mas ainda assim acredita que veio ao mundo para descansar e curtir, tome cuidado.

Segundo a notícia, a vadiagem é uma contravenção prevista no artigo 59 do decreto-lei 3.688 de 1941. Para aquele indivíduo que não tem conhecimento sobre a lei e que corre risco de ser preso, é bom aprender que vadiagem é "entregar-se alguém habitualmente à ociosidade, sendo válido para o trabalho, sem ter renda que lhe assegure meios bastantes de subsistência, ou prover à própria subsistência mediante ocupação ilícita". A pena pode variar entre 15 dias e três meses.

Se não entendeu, que fique claro: se você tem condições de trabalhar, mas prefere levar a vidinha mansa, só curtindo por aí, ou se procura aquele jeito ‘facim’ – e ilícito – de se sustentar, todo cuidado será pouco, senão o próximo momento de relaxamento pode ser por trás das grades. Felizmente não são todos os municípios que põem esta medida em prática, mas vai que a onda pega...

Obs.: Os exageros são meros detalhes. Rs. Mas acredite, tem gente que já foi presa por se enquadrar na lei.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Toque essa aí: Maria Rita e um samba bem dela



Filho de peixe, peixinho é. Este dito vem a calhar muito bem quando o assunto é a filha da admirável Elis Regina. Maria Rita já se tornou um grande nome da MPB – Música Popular Brasileira –, principalmente no segmento do samba. Com uma voz ímpar – que traz boas lembranças da forma singular de como sua mãe cantava e encantava o mundo –, Maria Rita conseguiu dar mais vida e beleza ao ritmo guiado pelo pandeiro. Não é à toa que foi escolhida como a figura da vez para preencher as linhas do ‘Toque essa aí’ aqui no blog.

A grandiosidade de Maria Rita vai tão além que sugerir que você dê uma ouvida em apenas uma de suas canções seria muito pouco. Justamente por isso, faço uma indicação em dose-dupla: CD E DVD. Os dois valem ser tocados onde quer que você queira ou esteja – no carro, celular, computador ou no aparelho de som ou DVD – repetidas vezes. Faça a sua escolha e aproveite! Mesmo aqueles que não gostam de samba vão amar os projetos da cantora intitulados ‘Samba Meu’ e ‘Samba Meu ao Vivo’. Um samba bem dela, mas que todos querem um pouco.

Ambos os projetos trazem sucessos históricos/tradicionais, músicas que estão há anos na boca do povo – como as de Gonzaguinha e as de Arlindo Cruz – e que ganham um gás a mais na voz de Maria Rita. Canções inéditas também podem ser ouvidas, mas com aquela deliciosa sensação de déjà vu, como se já tivessem sido tocadas inúmeras vezes antes, mesmo para aqueles que não são aficionados pelo ritmo ou pela cantora. Os CD e DVD já estão com certa idade, já que foram lançados em 2007 e 2008, respectivamente, mas ainda assim vale a pena indicá-los.

Curioso(a) depois de tanta propaganda? Se não tiver acesso ao CD ou DVD todo, baixe somente as músicas que você quiser através do site www.4shared.com. Basta fazer a busca rápida com o nome desejado. Mas um detalhe: se você só baixar as músicas, perderá a oportunidade de ver, não só a performance, mas o melhor momento da forma física da cantora. Mais bonita do que nunca! Eita quanta bajulação...

Sugestões: Num corpo Só – Maria Rita (Composição: Arlindo Cruz e Picolé); Tá perdoado – Maria Rita (Composição: Arlindo Cruz e Franco); Samba Meu - Maria Rita (Composição: Rodrigo Bittencourt); Não deixe o samba morrer – Maria Rita (Composição: Edson e Aluísio).