terça-feira, 31 de agosto de 2010

Karate Kid: bom e cheio de surpresas


Ontem resolvi sair para assistir o tão esperado – e novo – Karate Kid. O melhor da ida ao cinema foi a experiência bastante prazerosa e as surpresas que tive – positiva e negativamente. Mas não se preocupe com essas ‘surpresas’. Para que não se crie uma má impressão sobre o filme já neste primeiro parágrafo, adianto: ele é bom e vale a pena ser assistido.

Assim que entrei na sala do cinema me surpreendi com a quantidade de cadeiras ocupadas. Leve em consideração que a sala estava lotada, em plena segunda-feira, às nove horas da noite. Não que eu acreditasse que o filme fosse ser um fracasso, mas a verdade é que se trata de uma película onde uma criança – e não um adolescente como na primeira versão do filme – é a protagonista, que luta contra outras crianças e age como criança. O que se poderia esperar desta receita? Mais crianças assistindo. Mas foi exatamente o contrário o que encontrei por lá.

O motivo para a sala lotada não foi difícil de entender, e aí vem a minha segunda surpresa: a força que o nome ‘Karate Kid’ ainda tem- mesmo após 26 anos. Como já afirmei, era sabido que inúmeras crianças correriam para assistir a película, mas é impossível deixar de lado a afirmação de que, muitos dos que se encontravam na sala do cinema – os adultos – estavam ali, não para ver o filho de Will Smith brilhar (que se sai bem, ao menos na minha leiga opinião), mas para relembrar os bons momentos que tiveram ao assistir na sua infância ou adolescência o grande e original Karate Kid – A hora da verdade.

Desta segunda constatação eu ganho forças para chegar às surpresas finais. O filme é bem feito, nos remete a boas risadas, tem cenas de lutas bem melhores do que as do original – graças às coreografias ao estilo do ‘surpreendente’ Jackie Chan, que também participa do filme, numa alusão ao Sr. Miyagi – e não deixa de lado as filosofias e lições de honra – elas estão lá, mas não são entediantes para a felicidade do público.

O filme só peca mesmo no final, que é bom, mas não tão emocionante quanto o seu percussor. É possível que discordem desta opinião, mas acredito que uma continuação com o pequeno Jaden Smith seria ainda melhor, já que ele estaria mais maduro e com mais ‘artimanhas’ na bagagem. Aí sim, ele teria finalmente força suficiente para disputar, ou até vencer, o Karate de Daniel Caruso.

Obs.: Vale ressaltar o crescimento físico apresentado por Jaden Smith durante o filme, e a presença da espirituosa atriz Taraji Penda Henson.